ECONOMIA

Controladoria-Geral da União recuperou R$ 7,1 bi de fraudes no auxílio emergencial

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, disse nesta segunda-feira (28), durante entrevista ao programa Sem Censura da TV Brasil, que o trabalho da CGU permitiu que a União economizasse R$ 7,1 bilhões em valores pagos indevidamente no auxílio emergencial. “Foi o valor que foi suspenso pelo Ministério da Cidadania. Essa é a nossa estimativa pelo número de beneficiários que foram suspensos pelo programa. Foi um trabalho bastante importante porque, além da gente cortar [as fraudes], a gente permite que quem realmente necessite receba o recurso”, disse o ministro.

Durante o programa, Wagner Rosário também falou, entre outros temas, sobre o trabalho da CGU, o combate à corrupção, acordos de leniência, a CPI da Covid e a divulgação de salários de aposentados e pensionistas pelo Portal da Transparência.

O ministro explicou que utilizou o cruzamento de base de dados para detectar fraudes no pagamento do auxílio emergencial. “Nós tínhamos basicamente três grandes grupos que estavam no auxílio emergencial, um era o pessoal do bolsa-família, o outro era o pessoal do Cadastro Único do governo, ou seja, estão vinculados a outros programas, mas não ao Bolsa Família, e também quem se cadastrou junto à Caixa Econômica Federal tendo a necessidade de recebimento deste recurso. Nós passamos a cruzar essas bases de dados com diversas outras bases”, explicou.

Rosário explicou que, no caso do auxílio emergencial, há tanto fraudes pontuais quanto fraudes de grandes grupos, como hackers que tentam simular CPFs e inseri-los para tentar que eles sejam aprovados nos crivos do governo. “Tem algumas [fraudes] que são mais difíceis de detectar, por exemplo, como eu vou saber se uma mãe cuida daquele filho sozinha ou não”, explicou. As mães chefes de família tem direito de receber o benefício em dobro.

O ministro também disse que o trabalho da CGU envolvendo a pandemia não aborda apenas o pagamento do auxílio emergencial. Ele citou que foram deflagradas, até agora, 60 operações em conjunto com a polícia federal envolvendo contratações em geral relacionadas a recursos destinados ao combate à covid-19. Entre as fraudas que foram detectadas estão, por exemplo, irregularidades envolvendo compra de respiradores e de equipamentos de proteção individual (EPIs).


Com informações da Agência Brasil

Guilherme Peara

Advogado e empresário na área da Comunicação. Graduado em Direito pela PUC Goiás, pós-graduado em Gestão Estratégica de Marketing pela HSM University.

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