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Banco Central aumenta Selic para 2,75%

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu nesta quarta-feira (17) elevar a Selic em 0,75 ponto percentual, para 2,75% ao ano, no primeiro aumento de juros no Brasil em quase seis anos.

O resultado não chegou a ser uma surpresa, mas não era o que a maioria dos analistas financeiros esperava. Não havia uma unanimidade no mercado, mas a principal projeção apontava para uma alta de 0,5 p.p., sendo que um aumento de 0,75 p.p. ou até 1 p.p. não estavam totalmente descartados.

A última vez que o Copom subiu a Selic no País foi em 29 de julho de 2015, quando a taxa básica de juros passou de 13,75% para 14,25%. Três meses depois teve início o ciclo de corte.

Antes de elevar a taxa de juros agora, foram nove cortes seguidos de quatro manutenções. E este deve ser apenas o início de um novo ciclo, já que, segundo o mais recente relatório Focus do BC, divulgado esta semana, o mercado agora projeta que a Selic termine o ano em 4,5%.

Uma combinação de economia ainda fraca, com inflação subindo com força — e ficando acima do centro da meta –, alta do dólar contra o real e uma situação de aumento dos gastos públicos por conta da pandemia, reforçam a visão do mercado de que as taxas devem seguir subindo.

Investimentos

As aplicações mais conservadoras, de renda fixa, não voltarão a pagar retornos expressivos de uma hora para a outra. Até porque a inflação não deve dar trégua tão cedo.

Na prática, no melhor dos cenários, um investimento de R$ 10 mil com a Selic a 5% ao ano renderia apenas 3,50%, ou R$ 350, em um ano se aplicado na caderneta de poupança.

Caso fosse contratado um produto com rendimento equivalente a 120% do CDI, por exemplo, o retorno subiria para 4,95%, já descontado o Imposto de Renda, muito pouco acima da previsão para a inflação.

Com um espaço tão limitado para ter ganhos reais neste ano, isto é, um retorno acima da inflação, gestores e alocadores de recursos continuam a ver na renda variável brasileira a melhor alternativa à disposição hoje.


As informações e o vídeo são da Infomoney / Foto: Agência Brasil

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