ECONOMIA

Apesar da pandemia, cooperativismo de crédito cresce no país

 

cooperativismo de crédito tem crescido no país acima do restante do Sistema Financeiro Nacional (SFN), aponta o boxe “Crescimento das cooperativas de crédito”, do Relatório de Economia Bancária do Banco Central. De 2016 a 2020, a carteira de crédito do setor pulou de 2,74% do total do SFN para 5,1%, passando de R$ 95 bilhões para R$ 228,7 bilhões. Ou seja, proporcionalmente, aumentou o volume de dinheiro emprestado pelas cooperativas de crédito em relação às outras instituições financeiras.

O número de associados também deu um salto, chegando a 11,9 milhões em dezembro de 2020. Mesmo com a pandemia, houve crescimento de 9,4% em relação a 2019, e de 42,1% em relação a 2016. Desse universo, 10,2 milhões são pessoas físicas.
Em dezembro de 2020, a principal modalidade de crédito concedido pelas cooperativas a pessoas físicas era o crédito rural, sendo 36,9% das concessões de crédito, seguida pelos empréstimos pessoais consignados ou não, com 30,3% de participação na carteira.

Um dos fatores elencados no boxe para o crescimento das cooperativas de crédito é a ligação com o setor agropecuário. Como o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio tem se expandido, apesar da crise econômica, o cooperativismo de crédito tem crescido, e em 2020 já responde por 20,26% de todo o financiamento rural do SFN, comparado aos 9,5% em 2016.

O estudo aponta que, historicamente, as cooperativas de crédito têm respondido às crises de forma diferente dos bancos tradicionais, podendo suavizar os efeitos negativos de recessões. Por exemplo, no Brasil, em 2020, as pequenas empresas que buscaram crédito nos sistemas cooperativos tiveram taxas de sucesso maiores do que junto ao setor bancário.


As informações são do Banco Central

Guilherme Peara

Advogado e empresário na área da Comunicação. Graduado em Direito pela PUC Goiás, pós-graduado em Gestão Estratégica de Marketing pela HSM University.

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