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Cracker acusado de invadir sistemas do Senado Federal se torna réu no caso

O cracker (criminoso na internet) Marcos Roberto Correia da Silva, acusado de invadir os sistemas do Senado Federal, se tornou réu no caso após a Justiça Federal em Brasília aceitar a denúncia do Ministério Público Federal (MPF).

Preso na última sexta-feira (19), ele é investigado pelo vazamento de dados de 223 milhões de brasileiros divulgado em fevereiro.

A decisão, publicada na última terça-feira (23), foi do juiz federal Frederico Botelho, da 10ª Vara Federal. Ele responderá pelos crimes de invasão de dispositivo informático e divulgação de segredos.

A denúncia, em si, foi feita ainda no final de janeiro. A pena prevista para crimes do tipo é de até dez anos de reclusão.

Ação da PF apreendeu equipamentos eletrônicos do hacker acusado de invadir sistemas do Senado Federal. Imagem: PF/Divulgação
Ação da PF apreendeu equipamentos eletrônicos do hacker acusado de invadir sistemas do Senado Federal. Imagem: PF/Divulgação

A prisão do hacker, conhecido por VandaTheGod, aconteceu com a deflagração da operação Deepwater, da Polícia Federal (PF). Segundo o Ministério Público, ele teria invadido o sistema de intranet do Senado Federal em 28 de agosto utilizando credenciais de acesso de um ex-servidor.

De acordo com a denúncia, ele teria feito publicações em redes sociais relacionadas ao caso, como alguns dados obtidos e trechos do inquérito policial (IPL) aberto que apura a invasão.

Venda de dados por bitcoin

O cracker também teria confessado a autoria dos ataques em um interrogatório. Na operação da PF, foram apreendidos equipamentos como computadores e HDs. No vazamento de dados, considerado o maior da história do país, foram identificadas informações de CPFs e CNPJs brasileiros.

A investigação aponta que os dados eram comercializados em fóruns em troca de criptomoedas, como o bitcoin. Entre as informações, era possível obter dados como nome, data de nascimento, endereços, imposto de renda, escolaridade, dados de renda, score de crédito e outros. A base de dados foi inicialmente atribuída ao Serasa, que negou qualquer violação em seus sistemas.

Mais recentemente, uma outra base, também com informações de 223 milhões de CPFs, foi divulgada. Nesse outro caso, o Poupatempo teria sido o responsável pelo vazamento. A Prodesp, que cuida da tecnologia do programa, afirmou que “não houve vazamento de dados de qualquer terminal”. Esse suposto vazamento, entretanto, pode reunir dados de outros vazamentos anteriores em um novo compilado.


Com informações do G1

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