Campanha de coleta de DNA coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública auxilia famílias a terem respostas sobre desaparecidos
A Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas possibilitou, até agora, que 18 famílias do país tivessem informação sobre entes que haviam desaparecido. A identificação dos restos mortais foi constatada nos estados do Espírito Santo (1), Goiás (4), Maranhão (1), Minas Gerais (1), Rio de Janeiro (1) e Rio Grande do Sul (7) e no Distrito Federal (3).
O resultado foi possível a partir de informações do Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG) e dos bancos de cada estado, após os familiares participarem da campanha de coleta.
Coordenada pelo Ministério, por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) em parceria com os estados, a ação foi realizada de 14 a 18 de junho em todo o país. Mais de 2 mil famílias de desaparecidos forneceram material genético.
“O intuito da ação é amenizar o sofrimento de famílias que ainda vivem o luto de ter um ente desaparecido ou não identificado. Esperamos que a população continue doando seu DNA para que mais confirmações sejam realizadas”, afirmou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.
É importante ressaltar que familiares podem continuar buscando os pontos para doar seus materiais genéticos. Mais de 150 pontos em todo o Brasil dão prosseguimento à coleta. Saiba mais em www.gov.br/mj/desaparecidos.
Material coletado
Após a coleta, o DNA é enviado para o laboratório de genética forense da instituição de perícia oficial dos estados, onde é analisado e o perfil genético obtido é enviado ao Banco Nacional de Perfis Genéticos. No BNPG, o perfil genético coletado é comparado com os perfis de pessoas de identidade desconhecida, de pessoas que buscam por seus familiares e de restos mortais não identificados.
O perfil genético da família só é retirado do banco após a identificação. Isso permite que novas buscas possam ser feitas à medida que os cadáveres e as pessoas de identidade desconhecida sejam cadastrados. Se a pessoa que desapareceu for encontrada, a família será avisada pela Delegacia ou Instituto Médico Legal.
Atualmente, o Banco Nacional de Perfis Genéticos tem 4.169 restos mortais não identificados e material genético de 3.152 parentes de pessoas desaparecidas.
Com informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública