Testamento de Zagallo e a alta na busca por planejamento sucessório
A decisão de Zagallo, ex-treinador de futebol, de promover a união familiar em seu testamento, enfatizando a importância de evitar disputas entre os filhos e seguir as orientações da mãe, ilustra um movimento crescente no Brasil: o aumento do interesse em planejamento sucessório.
Dados do Colégio Notarial do Brasil mostram que, entre 2020 e 2023, o número de testamentos registrados subiu 40%.
Esse crescimento foi acelerado pela pandemia, quando muitos começaram a reconhecer a necessidade de organizar o futuro e prevenir conflitos entre herdeiros.
A advogada Ariadne Maranhão, especialista em Direito das Famílias e Sucessões, considera essa tendência um avanço para as famílias brasileiras.
Ela ressalta que, embora os temas relacionados a herança e testamento ainda sejam frequentemente evitados, esses instrumentos são fundamentais para garantir que os desejos do titular sejam respeitados e para evitar disputas familiares.
Além disso, um testamento pode beneficiar pessoas fora da sucessão legal, como amigos e organizações filantrópicas.
Apesar do aumento no número de registros, muitos brasileiros ainda hesitam em abordar o planejamento sucessório, optando por deixar o destino de seus bens nas mãos da lei e ignorando os riscos de conflitos futuros.